A mandala é, originalmente, um
círculo que contém em seu interior desenhos de formas geométricas, figuras
humanas e cores variadas.
São encontradas em religiões como o budismo e o
hinduísmo, bem como na cultura de tribos indígenas norte-americanas como os
Sioux.
Significado da Mandala
A palavra mandala significa círculo em sânscrito e
é considerada como um símbolo de cura e espiritualidade. Para os hinduístas e
budistas, a mandala ajuda na concentração da prática meditativa e é comum
encontrá-la nos templos dessa religião.
Mandala colorida e com formas geométricas
As mandalas tibetanas são feitas em areia e
requerem um longo tempo de preparação. Não há um padrão de decoração para o
interior das mandalas e por isso, há mandalas que trazem a figura de Buda,
enquanto outras mostram apenas figuras geométricas.
A Mandala para os Povos Originários Americanos
Entre os nativos americanos, acredita-se que a
mandala tenha o poder de proteger e afastar os maus sonhos e espíritos
malignos. Por isso, também recebe o nome de filtro dos sonhos.
Filtro dos sonhos
Uma antiga lenda indígena conta que uma mãe não
conseguia que seu filho dormisse à noite.
Por isso, procurou ajuda da curandeira da tribo que
a recomendou fazer um círculo com um labirinto dentro e o pendurasse. A mãe o
fez e a criança pôde dormir tranquila, pois os sonhos maus ficaram presos no
emaranhado de linhas.
A Mandala no Cristianismo
Embora não seja usado para fins de cura, as
mandalas estão presentes no cristianismo. As rosetas das catedrais góticas
podem ser consideradas mandalas.
O fato de este símbolo estar disseminado em tantas
culturas reflete o significado que o círculo tem para o subconsciente. Como não
é uma forma geométrica encontrada na natureza, traduz perfeitamente a ideia de
perfeição que os seres humanos pretendem alcançar.
A Mandala na Psicologia
A mandala também foi utilizada pelo estudioso suíço
Carl Jung (1875-1969) para explicar a psiquê humana. Jung fazia uma analogia
entre a composição da mandala e os três níveis de consciência que temos.
O ponto central da mandala é identificado com
o self, a essência do nosso ser, do qual tudo converge ou irradia.
As primeiras figuras da mandala seriam o inconsciente pessoal e, finalmente, as
bordas mais afastadas seriam o inconsciente coletivo.
A Mandala na Educação
As mandalas são um recurso didático utilizado por
vários professores de arte, história e matemática, pois este símbolo serve para
ensinar vários tópicos tais quais:
·
formas geométricas;
·
cores;
·
diferenças de tamanhos;
·
conjuntos;
·
percepção visual;
·
história da arte;
·
história das religiões.
Confeccionar a mandala permite o aluno exercer sua
autonomia e individualidade, deixando sua marca pessoal. É interessante montar
uma exposição com as obras do estudantes a fim de mostrar a diversidade de cada
turma.
Da mesma forma, alguns educadores usam a mandala
para turmas consideradas muito agitadas devido ao poder apaziguador que a
realização deste desenho contém.
Benefícios da Mandala
Os benefícios de fazer e pintar uma mandala são
muitos. Aquele que a confecciona fica concentrado numa tarefa específica e
assim pode canalizar sua atenção.
Dessa forma, entra num estado de concentração
comparável ao transe místico. Igualmente, o mesmo tipo de foco que acontece com
os atletas e músicos quando estão empenhando suas funções.
Além disso, o autor exercita sua criatividade e seu
poder de decisão ao lidar com a escolha de cores e padrões geométricos
distintos.
Desta maneira, a mandala vem sendo utilizada para
tratamentos em patologias como déficit de atenção, depressão, estresse e como
terapia ocupacional.
Maya Shanti
Consciência Cósmica
Nenhum comentário:
Postar um comentário