Desde julho o Pantanal está em chamas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), esse é o maior incêndio registrado na região desde que os monitoramentos começaram a ser feitos, em 1998. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área afetada já corresponde a 17,4% do bioma, ou cerca de 133 mil km². Até este ano, o Pantanal era o bioma mais preservado do Brasil, porém, a área devastada foi 10 vezes maior do a área afetada por queimadas nos últimos 18 anos.
Segundo o IBGE, 59,9% da área perdida entre 2000 e 2018 foi convertida em pastagens. Esta é uma situação extremamente grave, pois além dos incêndios causarem a destruição da flora nativa e matar os animais silvestres, todo ecossistema é comprometido. Os rios e peixes também são afetados, pois com a proximidade das chuvas, há chances das cinzas se depositarem nos rios , matando também os peixes da região. Por isso, segundo especialistas, a recuperação do bioma do Pantanal, que é o maior sistema de águas terrestres da América Latina, deve durar entre 30 e 50 anos.
O que isso tem a ver com o consumo de carne? A criação de gado é um dos principais motivos do desmatamento.
O Brasil é o maior exportador de carnes bovinas do mundo e de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) o país bateu recordes de exportação em 2018, atingindo o número de 1,64 milhão de toneladas de carne bovina exportadas para mercados como China, Egito e União Europeia.
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mais de 80% do desflorestamento ocorrido no Brasil entre 1990 a 2005 tiveram como objetivo a conversão de terras em terrenos de pastoreio.
Você pode contribuir para mudar essa realidade e preservar o meio ambiente e a biodiversidade brasileira com uma mudança simples. Mudar o mundo é possível com uma atitude simples: retire a carne e qualquer produto de origem animal da alimentação. |
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