Recebido por GurujiMa
10 de Maio de 2022
INTRODUÇÃO
“E o Espírito de Deus se moveu sobre a face das águas e Deus disse: “Que haja a Luz.”
No sentido mais fundamental, luz e escuridão são energias da Criação, geradas a partir de uma Unidade em um momento em que todas as coisas passaram a existir. Embora também possam ser expressas em seu sentido mais humano em relação às motivações e sentimentos que chamamos de 'escuridão' ou cheias de luz, elas são, na origem, energias que influenciam a consciência da maneira mais ampla possível, fazendo com que a humanidade se mova em diferentes direções em sua percepção do que é mais real.
Pode-se observar estas energias simplesmente no nível humano, nos pensamentos e ações dos indivíduos e nossa resposta a eles. Ou, pode-se olhar para elas em termos das maneiras pelas quais elas influenciam a consciência coletiva e seu movimento em direção ou afastamento de um sentido do sagrado e do Divino. A influência das trevas em todos os níveis é criar a separação da verdade da realidade divina e, simultaneamente, da experiência da realidade do amor.
Compreender a influência destas energias está no centro do processo de purificação, durante o qual tanto o corpo quanto a consciência experimentam uma separação entre os elementos internos que mantêm luz e amor e aqueles que não. Esta separação permite que as energias das trevas que limitam a integridade da pessoa sejam liberadas do eu. Como resultado, a presença do ser interior Divino pode começar a ser sentida com mais clareza, sem o fator obscurecedor das emoções e padrões de pensamento interferentes.
Quando vista do nível cósmico mais amplo, é da natureza essencial da escuridão criar separação e isolamento da verdade divina do ser, enquanto é da natureza essencial da luz expandir e unir níveis de verdade para que se sinta cada vez mais unificado com a luz e o amor do cosmos.
LUZ E ESCURIDÃO
1ª PARTE: ENERGIA
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Para entender a luz e as trevas, é preciso saber que a luz de Deus é real, estava lá no princípio e ela vive dentro de cada um de nós. É a luz da Criação e de nossa própria essência Divina. É quem somos em nosso âmago mais profundo. De fato, cada um de nós é filho da Luz e filho de Deus, e o processo de Criação que consideramos como verdadeiro no passado está em andamento, tanto no cosmos quanto em cada ser individual.
Há um ensinamento do Livro de Mateus que diz: “Se os seus olhos forem bons, o seu corpo será cheio de luz”. (Mateus 6:22) Essa é uma maneira de captar o significado do momento presente na história da Terra em relação à luz e às trevas. Nossos olhos não foram iguais. Um olho percebeu a natureza essencialmente sagrada da vida e do Criador da vida. O outro olho foi varrido para a ilusão do físico como tudo o que existe. Com um olho vimos e sentimos um poder por trás do Universo físico. Com o outro, separamos nosso mundo deste contexto e consideramos reais apenas os instrumentos de nossa gratificação e conforto.
A escuridão é tanto uma energia cósmica quanto uma força específica que pode afetar a motivação e o sentimento individual. Ela nos diz que somos reais e que nossos sentimentos são reais, mas que Deus não é real.
Esta divisão na consciência da humanidade está sendo transformada hoje pelo poder do aumento da luz espiritual. A luz de Deus que está infundindo a atmosfera espiritual da Terra nos está movendo em direção ao espaço da visão unificada, o espaço em que espírito e matéria são vistos como um. Embora tenhamos sido divididos, nós, como criaturas da terra e do céu, estamos nos tornando mais inteiros. É esta totalidade e unidade, iniciada pela luz, que se torna a luz de nossos corpos mencionada acima. Não estamos mais separados de nossas origens divinas, não somos mais uma alma sagrada e uma matéria não sagrada, mas unificados como Um.
O que nos fez ver com dois olhos em vez de um é a ilusão da dualidade, baseada na consciência da separação. Embora essa separação tenha sido parte da escolha de nossa alma no início de nossa jornada na Terra, também é uma escolha que é influenciada de maneira profunda pelas forças das trevas que não estão inerentes em nossa alma, mas que agem sobre a experiência humana para manter a separação do Divino. Estas forças ou energias que atuam em oposição à expansão da consciência são o que chamamos de “escuridão”. Embora sejam parte da Criação, elas também têm a capacidade de agir em oposição ao avanço da Criação em seu potencial evolutivo. Assim, elas podem nos manter separados e sozinhos - uns dos outros, de Deus e da família interplanetária da qual fazemos parte.
A escuridão é tanto uma energia cósmica quanto uma força específica que pode afetar a motivação e o sentimento individual. Ela nos diz que somos reais e que nossos sentimentos são reais, mas que Deus não é real. De uma perspectiva, a escuridão pode ser considerada como a energia do intelecto separado que causa dúvida. A partir de outra perspectiva, pode ser considerada como aquilo que nos separa de uma experiência do amor de Deus e do amor em geral. Ela faz isso, criando um “filtro perceptivo" que nos leva a acreditar que somente o que percebemos com os nossos cinco sentidos físicos é real, e que tudo o mais é uma ilusão. Ela persuade a nossa mente a considerar a realidade divina como uma invenção que criamos para nos confortar.
A energia das trevas cria uma sensação de isolamento nos indivíduos, entre as pessoas e entre as nações. Ela alimenta os estados emocionais negativos que interferem com a paz e leva a humanidade ao desespero, à desesperança e ao medo. Mesmo que em outros momentos permaneçamos fiéis à visão do sagrado, em momentos de escuridão nos afastamos dessa visão e perdemos o contato com nossa verdade básica. A reversão deste movimento é, muitas vezes, difícil de se pensar, ou seja, escolher a confiança com nossos corações, mesmo na presença da dúvida de nossa mente.
Tradução: Regina Drumond - reginamadrumond@yahoo.com.br
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