quinta-feira, 20 de junho de 2019

OS PAIS E A ENERGIA DOS PAIS

Mensagem de Jennifer Hoffman

20 de Junho de 2019


Foram alguns dias empolgantes e a diversão ainda não acabou - não até julho, quando concluímos esse ciclo de eclipses. Mais 30 dias disto e depois 6 meses para trabalhar o nosso caminho através da energia. Estamos em uma grande trajetória, mesmo que pareça que você está sendo atraído do presente para o passado e vice-versa. Assim, podemos analisar onde estamos para definir um rumo para onde estamos indo. Podemos começar cada experiência desde o início ou usarmos o passado como um trampolim para o presente.
Uma das nossas experiências mais difíceis pode ser o nosso relacionamento com o pai, especialmente aqueles que nasceram antes dos anos 2000. Muitos tiveram pais emocionalmente traumatizados, feridos, inseguros e nunca aprenderam sobre emoções ou interações emocionais, certamente não com seus filhos. Então crescemos sem um aspecto importante do nosso campo de energia - a energia do pai e a confiança, motivação e carinho que deveríamos obter desse importante relacionamento. Mas tivemos que aprender essas coisas por nós mesmos e, porque o fizemos, prometemos a nós mesmos que nossos filhos teriam um relacionamento diferente com o pai. Muitos de vocês tornaram isso possível, outros não.

O Dia dos Pais foi em 16 de junho nos EUA, um dia em que celebramos nosso relacionamento com nossos pais. Alguns de nós não têm muito o que comemorar, pois nossos pais podem ter estado ausentes, desconhecidos ou tão distantes emocionalmente que não conseguimos encontrar uma razão para celebrar nosso relacionamento com eles. Meu pai está morto há quase 30 anos e embora eu tenha passado grande parte da minha vida zangada com ele e me perguntando se ele se importava comigo, agora eu o entendo muito mais e posso realmente ser grata pelos presentes que ele me deu. em vez de me concentrar em como ele ignorou tantas oportunidades de mostrar o quanto ele me amava e se importava comigo.

Os pais refletem as nossas lições de poder e de amor, muitas vezes, através de suas limitações em vez de suas habilidades. Meu pai foi, como foram muitos dos homens de sua geração, emocionalmente perturbado. Órfão durante a Segunda Guerra Mundial, aos 4 anos, e adotado por estranhos em um país estranho, aos 7 anos, grande parte de sua vida foi vivida com a questão do que aconteceu a sua família biológica. Ele era quieto, introvertido e emocionalmente desconectado. No entanto, houve algumas vezes, como a primeira vez em que eu fui rejeitada por um menino que eu gostava, ele me confortou e me disse que eu era linda e que um dia iria encontrar alguém que me amasse e me apreciasse, alguém amoroso e solidário.

Eu queria que ele fosse forte e poderoso, para me proteger e me mostrar que ele me amava, para que eu pudesse saber que eu era amada. Mas ele não se amava e nem se sentia digno do amor, com base em suas experiências de vida, assim ele não conseguia dar este tipo de amor para mim.

Meu pai, como muitos homens de sua geração, foi consumido pela dor, raiva, tristeza, impotência, e não tinha ideia de como expressar as suas emoções. Para a sua geração, as emoções eram para as mulheres, e “meninos grandes não choravam”. O que eu sei agora é que ele não poderia me dar o que ele não tinha; ele, simplesmente, não tinha as habilidades ou o conhecimento para estar emocionalmente presente para si mesmo, assim ele não poderia estar lá para mim, também.

Sinto que conheço o meu pai agora melhor do que nunca, e estou em paz com a pessoa que ele era, em vez de estar irritada com a pessoa que ele foi ou não, pois eu aprendi a aceitar o que ele nunca conseguiu ser. Foi necessário muito tempo para eu descobrir isto. Tive muitas expectativas em relação ao meu pai e fiquei muito zangada porque ele não as satisfez. Não conseguia reconhecer a sua dor, porque eu queria que ele diminuísse a minha, que me mostrasse que eu era poderosa e digna de amor. Ele viveu comigo durante os últimos meses de sua vida e isto me deu a oportunidade de ver a intensidade do seu sofrimento emocional, os sentimentos de desmerecimento, a profunda dor por ter sido separado de sua família, a tristeza que ele mantinha dentro dele e como o seu coração estava fechado. Momentos antes de sua morte, ele me disse que me amava, que estava orgulhoso de mim e se desculpou por não ter sido um pai melhor. Foram necessários mais de 30 anos para que ele dissesse isto para mim e isto foi a cura e a prova do amor que eu precisava.

Isto também foi um ponto de escolha para mim: eu conseguir aceitá-lo e seguir em frente, ou ficar com raiva e rejeitar este presente porque era muito pouco e demasiado tarde. Eu escolhi aceitá-lo (não imediatamente, contudo), grata por ele me amar o suficiente para encontrar a coragem de dizê-lo, mesmo que isto ocorresse nos últimos momentos de sua vida. Agora eu sei, com o entendimento que vem com a experiência, com a sabedoria que vem com a idade, e a compaixão por ele ser um pai, que as limitações emocionais de meu pai foram o seu presente para mim. Eu poderia escolher ser como ele, ou eu poderia optar por ser tão emocionalmente aberta quanto possível, e acabar com o legado do sofrimento, da mágoa, raiva, impotência e distância emocional, que foi o legado daquela geração.

Escolhemos nossos pais, mesmo os nossos pais distantes, ausentes ou feridos, de modo que possamos nos curar. A crença de que os pais deveriam ou não ter sido ------------------------------------ (preencha o espaço em branco), coloca o ônus de nossa cura sobre eles e limita a nossa capacidade de aprendermos e nos curarmos de nossa jornada compartilhada.

Se eles foram terrivelmente abusivos ou extremamente amorosos, houve uma razão por tê-los escolhido e quando pudermos ser compassivos e perdoá-los e a nós mesmos, poderemos liberar existências de raiva e de decepção e aceitá-los pelo que eles são: seres humanos fazendo o melhor que eles podem, com o que eles aprenderam e sabem.

Se você teve pais bons ou ruins, seu pai é parte do seu grupo de almas, um aspecto importante de sua jornada de cura e outro reflexo de sua cura.

O Dia dos Pais acontece geralmente na semana do Solstício, que é uma comemoração do dia mais longo da luz do sol e o sol representa o pai na astrologia. É mais uma razão para nos realinharmos com uma perspectiva mais elevada em todos os nossos relacionamentos, mas, especialmente, com aqueles que nos esforçamos para entender, ou entrarmos em acordo, porque sentimos que eles estiveram falhando de muitas maneiras.

E com o planeta Saturno aspectado tão fortemente agora (Saturno também representa energia patriarcal), nós temos uma dose dupla de energia paterna este ano, uma excelente oportunidade para completarmos estes ciclos de cura com conclusão e fechamento e seguirmos para nossa própria alegria. .

Há outro aspecto a considerar quando decidimos se passaremos as nossas vidas com ressentimento dos nossos pais, pelas suas precárias habilidades de paternidade, ou se iremos superar estas emoções e vê-los com bondade compassiva e compreensão, e este é o despertar da energia do Masculino Divino. Comemoramos a ascensão do Feminino Divino, após eons de supressão, o que foi parte do nosso Legado da Atlântida. A energia do Masculino Divino representa o reingresso do masculino ao seu centro cardíaco, do qual esteve desconectado por tanto tempo, enquanto o Feminino Divino foi desconectado do seu poder.

Através de inúmeros séculos de guerra, morte, domínio e controle, a energia masculina teve o seu coração partido, sendo consumida pela tristeza, que é um produto do seu trauma, e é o momento de que ela seja reconectada ao nível do coração e assim os homens poderão ser íntegros e completos novamente, reunidos ao amor incondicional que faz parte do seu projeto divino. Vemos isto na geração mais jovem de hoje, quando pais são cuidadores e provedores para os seus filhos, de uma maneira que a minha geração nunca foi.

Ao perdoarmos os nossos pais, liberamos esta velha energia e podem ser abertos os portais para que um profundo renascimento energético ocorra, para abençoar as futuras gerações com pais que sejam igualmente amorosos, compassivos, solidários e conscientes do seu poder, de maneiras que lhes permitam expressar todo o amor em seus corações para todos em sua vida. E ao assim fazermos, poderemos terminar com o legado do paradigma masculino do sofrimento, que tem sido uma poderosa limitação a nossa reconexão com o nosso próprio centro divino e uns com os outros.

Aqui está um exercício do Dia dos Pais para você - O que você gostaria de ter recebido de seu pai? É aceitação, elogio, aprovação, amor, validação, respeito? Anote-o como uma frase - O que eu queria do meu pai era _______________________

Agora, dê a si mesmo essa energia pelos próximos 7 dias. Tudo o que você queria de seu pai (que ele não lhe deu) é algo que você precisa dar a si mesmo. Seja gentil consigo mesmo ao se dar a energia que você esperou por toda a sua vida para receber, muitas vezes de alguém que não poderia lhe dar. Esta é uma das lições de nossos grupos de almas, o que mais queremos deles é o que devemos aprender a dar a nós mesmos.

Site original: www.enlighteninglife.com      

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Tradução de Regina Drumond Chichorro – reginamadrumond@yahoo.com.br

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