As energias da negação giram em torno de nós hoje, trazidas pela luz sagrada que revela tudo o que esteve escondido. Tal revelação libertará a humanidade dessas mesmas energias que se dissolverão na luz maior do Divino.
Nós não sabemos disso. Muitas vezes vemos apenas as energias da negação - aquelas que se distanciam do amor e da unidade em direção à separação, suspeita, medo, desprezo, julgamento e raiva. Seremos arrastados para esta maré, a menos que sejamos capazes de negar a realidade da corrente que procura nos capturar e afirmar a realidade da verdade mais profunda de nossa alma.
O que é afirmar a verdade mais profunda de nossa alma?
É confiar na presença do Divino no momento presente, sem que nossa mente tenha uma base para tal confiança, ou nossas emoções tenham um sentimento dessa presença. Tal confiança ocorre não na mente ou nas emoções, mas nas camadas mais profundas do coração, o coração conectado com a alma. Este coração diz: Eu não sou essa corrente da escuridão. Eu não sou os pensamentos que passam por mim. Eu não sou a desilusão, o desespero ou o desânimo que parece estar sempre à margem da minha consciência. O coração diz: Além de sentir e pensar, sou amor. Eu sou sempre amor. Eu sou eternamente amor.
Na presença das energias da negação, o amor deve ser escolhido mesmo quando não pode ser sentido. Deve ser escolhido como base para a ação, e deve ser escolhido como nossa verdade fundamental, mesmo na ausência de seu sentimento verdadeiro. Se alguém é uma alma, então apenas o amor é real. O resto é uma criação de energias que distorceria a percepção para remover a presença do amor.
Como chegamos a essa necessidade - a necessidade de acreditar em coisas que não podemos reconhecer com nossa mente ou apreendermos com nossos sentimentos? Esta é a questão para o nosso tempo na história, uma época em que a revelação da escuridão encobre a verdade do coração, representando-se como essa verdade e negando qualquer outra versão da realidade. É a era da invalidação da verdade do coração, a verdade de nossa humanidade comum, mesmo enquanto nosso coração clama cada vez mais para ter essa verdade restabelecida, e deseja ser essa verdade.
Nós não produzimos esta era da manifestação das energias da negação. Essa reviravolta é o resultado de um desdobramento Divino, provocado por forças da luz que são mais fortes que todas as energias de negação, forças que redimirão a Terra de todas as trevas e libertarão todos os seres para a consciência de sua unidade Divina. Este plano Divino está se manifestando agora para nós, tanto individual quanto coletivamente. Estamos presos entre as forças opostas da luz e da escuridão e devemos escolher qual caminho seguir. As energias da negação podem parecer mais fortes, mas não são mais fortes. Elas ganham seu poder ao renunciarmos à nossa confiança na verdade de nossa alma e à nossa bondade e amor inerentes.
Raiva não é amor. O julgamento não é amor. Desprezo não é amor. Zombaria não é amor. Exclusão não é amor. O medo não é amor. Somos atraídos para essas emoções negativas por forças, internas e externas, que nos fazem acreditar que isso é tudo o que existe. Não é tudo o que existe. Nunca é tudo o que existe. Tais forças baseiam-se principalmente na dúvida em nossa mente, a fim de obter combustível para sua continuidade. Desprender-se da mente, então, torna-se um imperativo humano e divino. Na presença das trevas, que é a energia da negação, devemos acreditar em nosso próprio amor, quer o sintamos ou não.
Viemos aqui para fazer exatamente isso, para estabelecer dentro de nós o gesto heróico de manter um ideal na presença de tudo o que o contradisse, de manter a confiança na presença de tudo o que invalidaria a base para a confiança e manter o amor na presença de tudo o que diminuiria sua importância.
Alguns diriam que esta é uma tarefa para a qual eles não são feitos, que é muito grande e que eles são muito pequenos. No entanto, este nunca é o caso, pois a nossa alma encarnou neste momento para realizar precisamente esta tarefa, isto é, para superar as trevas através do poder da luz e do amor. Que acreditemos em nossa própria capacidade de fazê-lo, pois não é a capacidade de nosso eu separado que realiza essa tarefa, mas a capacidade de nosso ser Divino que a realiza, nosso ser que nos trouxe aqui neste momento, que definiu a tarefa diante de nós, e isso nos mostra o caminho de realizá-la. Este caminho é nada menos que a afirmação de nossa identidade espiritual e nossa unidade em Deus com toda a vida. Quando podemos afirmar isso, podemos também saber que a luz é e será vitoriosa sobre todas as energias da negação, e que a esperança para a humanidade se baseia nesta verdade.
Autor: Julie Redstone
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
TEMPLO DO SOL
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